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Análise Tática Athletico x Flamengo: Primeira parte da batalha


(Foto: Reprodução/Marcelo Cortes/Flamengo)

Flamengo e Athletico se enfrentam nesta quarta-feira (20/10), às 21h30, na Arena da Baixada, pela partida de ida das quartas de final da Copa do Brasil. A tarefa do Mais Querido não será simples. O adversário é um time forte, principalmente em casa, e que vem bem nas competições de mata-mata, estando também na final da Sul-Americana. Além disso, o rubro-negro terá desfalques importantes para o confronto. Ainda assim, Renato Gaúcho tem ótimas opções para montar uma equipe muito forte, mas há uma dúvida forte: Quem botar na vaga de Arrascaeta?

O Mais Querido vai para a partida sem três jogadores bem importantes e considerados titulares: David Luiz, Arrascaeta e Bruno Henrique. No lugar do zagueiro, Renato Gaúcho deve colocar Léo Pereira, que vem em bom momento, ao lado de Rodrigo Caio. Já no ataque, a tendência é que Michael continue na vaga de Bruno Henrique, já que o ponta teve outra boa atuação contra o Cuiabá, mesmo com o empate rubro-negro. A grande questão é o substituto do uruguaio. Desde que começou a Data Fifa, o treinador optou por colocar Thiago Maia como 2º volante, adiantando Andreas Pereira. Mas, o rendimento do belga-brasileiro oscilou nos quatro confrontos que tiveram, justamente devido as variações na formação.

Quando Renato Gaúcho optou por colocar o time no 4-2-3-1, que é a formação usada com a equipe principal, Andreas Pereira acabou não indo tão bem. Isso porque, o camisa 18 não vai tão bem fazendo a função do Arrascaeta. O belga-brasileiro rende melhor tendo liberdade para recuar no meio de campo, buscando a bola para construir de frente, dando dinâmica à equipe. Já quando atua de meia-armador, ele fica mais adiantado, próximo da área, dominando de costas para o gol. Acaba participando menos e caindo de rendimento. Com Andreas abaixo, consequentemente, a equipe cai junto, já que o atleta vem sendo o principal “motor” do Flamengo. Foi o que aconteceu nas partidas contra o Bragantino e Cuiabá.

Entretanto, há uma forma do Andreas substituir o Arrascaeta, ainda com Thiago Maia como 2º homem no meio, e manter o bom rendimento. Para isso, é preciso uma mudança de formação para o 4-3-3. Atuando como terceiro volante, o belga-brasileiro tem a liberdade de se movimentar, construir de trás e dar a dinâmica para a equipe. O próprio Thiago Maia acaba saindo melhor. O jogador é 1º volante de origem e, no 4-2-3-1, atuando de 2º, por mais que ele fortaleça o sistema defensivo, não dá a mesma transição ofensiva, pois não tem tanta velocidade. Com Andreas recuando, Maia acaba não tendo tanta responsabilidade no quesito e pode auxiliar de outras formas, como caindo pelos lados para fazer a triangulação com o ponta e o lateral, assim como na vitória em cima do Juventude.

A tendência é que Arão, Thiago Maia e Andreas Pereira sejam titulares, então o ideal seria usar essa formação. O Flamengo teria mais qualidade ofensiva e manteria uma solidez defensiva, congestionando o meio, o que pode ser importante, devido à força do adversário. Mas, caso Renato opte para o 4-2-3-1, seria importante fazer uma mudança na escalação, botando Vitinho de meia-armador. O camisa 11 já atuou nessa posição algumas vezes na temporada e teve bom rendimento, mostrando qualidade no passe, além da finalização da entrada e fora da área. O time também ganha mais leveza e velocidade para contra-atacar. Com a entrada dele, Andreas recuaria para 2º volante, onde costuma atuar – e ir muito bem – quando o time principal está à disposição.

Uma outra opção ainda seria a de centralizar Everton Ribeiro, colocando-o de meia-armador. O camisa 7 rende melhor construindo pelo lado do campo, cortando para dentro e acionando o lateral, mas tem qualidade para jogar centralizado. Assim, pela beirada direita, Renato Gaúcho poderia colocar o próprio Vitinho ou Kenedy. Time passaria a ter bastante velocidade pelas duas pontas, já que Michael atua na esquerda, o que espaçaria a defesa adversária. Além disso, ambos tem a tendência de também cortar para o meio, puxando a marcação, já que Kenedy é canhoto e Vitinho ambidestro. Ou seja, mesmo sem ER7 no setor, Isla continuaria achando espaço no corredor para avançar.

Renato Gaúcho conta também com o retorno de Pedro entre os relacionados. O centroavante vinha de um ótimo momento, com 3 gols e 1 assistência nos últimos três jogos que atuou, e fez muita falta contra o Cuiabá. É bem improvável que ele comece o confronto, mas o técnico pode usá-lo ao longo da partida, seja na vaga de Gabigol, ou ao lado do camisa 9. Isso porque, os dois atacantes têm características distintas e podem se complementar. Enquanto Gabi se movimenta pelo campo, Pedro é o centroavante que sai da área para fazer o pivô e prender a marcação dos zagueiros, dando o passe para as infiltrações dos outros atletas de frente. Ter os ambos em campo pode ser uma arma para penetrar na defesa do furacão.

Alternativas não faltam, resta Renato decidir. Para isso, é importante também analisar como atua o adversário. O Athletico tem um treinador que assumiu o cargo há duas semanas, mas manteve o esquema dos antecessores, o 3-4-3. Os três zagueiros são bem fortes e congestionam o miolo do sistema defensivo. Na frente deles, Richard e Léo Cittadini fazem a proteção. Já a grande força ofensiva do Furacão é o lado do campo. Nas alas, atuam laterais com bastante qualidade no ataque, principalmente o esquerdo, Abner Vinícius, que faz o facão por dentro. Na frente deles, os dois principais jogadores: Terans e Nikão. Os dois são meias atacantes, que jogam aberto com a tendência de cortar para dentro e buscar o passe ou a finalização. Já Kayzer é o centroavante matador.

O rubro-negro carioca, então, precisa ter muita atenção com o adversário. A tendência é que o Athletico entre em campo mais fechado, buscando as jogadas de velocidade em contra-ataques, aproveitando a força que tem pelos lados e o fato de ser grama sintética, o que acelera a partida. Ainda assim, o Flamengo tem tudo para fazer um grande jogo. Renato Gaúcho tem ótimas alternativas para começar a partida e até mudar ao longo do confronto, dependendo de como esteja o andamento dele. Caso o Mais Querido atue de forma intensa, focada, pressionando o adversário e se movimentando no setor ofensivo, tem tudo para sair com um ótimo resultado.

Link do Artigo do DiariodoFla.com.br

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