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Análise: 10? título da geração Gabigol é conquistado sem atuação “à Flamengo” – Flamengo Com Vc, Mengo


Por Redação em 20/10/2022 às 08:03:56 Time dá aperitivo de futebol dominante, mas termina segundo tempo sofrendo e chega ao tetra com reviravolta nos pênaltis O mais novo tetracampeão da Copa do Brasil deu aperitivo de futebol “à Flamengo” nos 20 minutos iniciais contra o Corinthians, mas fez os rubro-negros revisitarem o período de vitórias a duras penas no restante da partida.

Se o time abriu o marcador com um belo gol coletivo que fez jus ao futebol refinado que dá ao Flamengo o posto de protagonista desde 2019, com 10 campeonatos conquistados, o segundo tempo lembrou títulos que foram marcados pela máxima “se não for sofrido, não é Flamengo”.

Gabigol comemora desarme pelo Flamengo na final da Copa do Brasil contra o Corinthians

André Durão/ge

Blitz inicial

O Flamengo fez jus à superioridade técnica que tem em relação ao Corinthians e foi para cima desde o início. O gol saiu cedo com participação de quatro de seus principais jogadores.

Arrascaeta ditou o ritmo, Filipe Luís iludiu a marcação com movimentação especial, e Ribeiro ficou responsável pelo passe final. Pedro recebeu em profundidade e escolheu a hora certa para tocar e vencer Cássio.

Minutos depois, Arrascaeta conseguiu bom chute dentro da área, e Pedro tirou tinta da trave direita de Cássio em cruzamento de Filipe Luís.

O Flamengo era soberano em campo e dava impressão de que partiria para novas tranquilas vitórias diante do Corinthians, como fez em 2019 e 2020, com 4 a 1 no Rio e 5 a 1 em São Paulo.

Ainda houve um gol anulado por detalhe que também teria assinatura do estilo “à Flamengo”, instituído por Jorge Jesus, e repetido em discurso das principais lideranças da geração que tem como principal expoente o centroavante Gabigol.

Flamengo x Corinthians – Melhores Momentos

Ficou no aperitivo, o Flamengo parou de morder e, como disse Filipe Luís após o jogo, passou a se preocupar mais em garantir o 1 a 0 do que pensar em ampliar o resultado.

Mas, exceção a um chute prensado de Fausto Vera, o Corinthians não assustou. É verdade que cobrou uma série de escanteios antes de Wilton Pereira Sampaio encerrar a primeira etapa, mas não conseguiu ser perigoso.

Segundo tempo de sofrimento

Ciente de que seu time pouco ameaçara na etapa inicial, o português Vitor Pereira trocou Lucas Piton por Adson.

Depois de um fim de primeiro tempo desanimador por conta da presença corintiana rodando a área rubro-negra, o Flamengo voltou a esboçar reação. Primeiro Vidal deu lindo carrinho em Renato Augusto, depois Gabigol voltou à linha de fundo defensiva para roubar bola de Fábio Santos.

A demonstração de raça reacendeu por minutos a torcida do Flamengo, que estava morna no fim da etapa inicial.

Aos oito minutos, Arrascaeta perdeu chance incrível após passe de Gabigol. Aos 12, foi a vez de Gabi desperdiçar após ótima trama ofensiva que teve participação de David Luiz, Arrascaeta, Ribeiro e Pedro.

O Flamengo teve outro gol anulado, este com Gabriel, mas depois retrocedeu. Encolheu-se de maneira inexplicável, e as substituições só fortaleceram o Corinthians.

Vidal, com lesões nos dois tornozelos, foi o primeiro a sair. Aos 17 minutos, deixou o campo inconformado. Na arquibancada, a torcida também não entendeu a escolha de Dorival Júnior por Matheuzinho.

O Corinthians, que já tinha Giuliano, tomava conta do terreno e impunha ao Flamengo uma postura retraída que pouco se viu de 2019 em diante.

Aos 25, Thiago Maia pediu para sair. Fabrício Bruno entrou na zaga, e David Luiz virou volante.

Pedro teve indisposição estomacal, e Arrascaeta já se arrastava. Dorival colocou Victor Hugo e Everton Cebolinha, que, a exemplo de Matheuzinho, não corresponderam.

Resultado: de tanto rondar a área rubro-negra, o Corinthians chegou ao empate com Giuliano.

A mudança do modo “à Flamengo” pelo “se não for sofrido não é Flamengo” se acentuava pela falta de criatividade e diante da ausência de três batedores de pênalti: Pedro, Vidal e Arrascaeta.

Na reta final, Cebolinha até deu esperança com jogada individual interessante, mas foi fominha ao chutar em vez de passar a Léo Pereira.

Situação de inferioridade após anos

O Flamengo foi para os pênaltis enfraquecido psicologicamente. Não tinha três de seus batedores, o adversário vinha de reação improvável, e a torcida corintiana não escondia a empolgação.

Não bastasse isso, o Corinthians tinha Cássio, gigante famoso pelas grandes atuações em disputas por pênalti. Logo na primeira cobrança, de Filipe Luís, ele fez jus ao histórico.

O Flamengo passou a cobrar pênaltis sempre na condição de sobrevivente e assim se manteve, na base do esforço, até a penalidade de Rodinei.

A explosão de Gabigol e a volta do herói improvável

Antes de chegarmos à cobrança do tetra, de Rodinei, é preciso falar de Gabigol.

Mais uma vez ele mexeu com a torcida. Se não faz seu ano mais goleador – tem a pior média desde 2019 -, a postura como líder chama atenção.

Foi ele quem transformou o confronto de oitavas de final, contra o Atlético-MG, ao prometer um “inferno” no Rio após vitória do adversário por 2 a 1 em Belo Horizonte.

Foi ele quem acordou a torcida após converter o quinto pênalti do Flamengo em uma condição em que o erro na cobrança representaria o título corintiano.

Pediu calma aos paulistas com as mãos e na sequência, num gestual frenético, trouxe a torcida do Flamengo para o lado do time.

Rodinei comemora o gol de pênalti que deu o título da Copa do Brasil ao Flamengo

André Durão/ge

Depois de Matheus Vital isolar seu pênalti, coube ao lateral que vive uma gangorra de emoções em 2022 e desde que chegou à Gávea, em 2016, a última cobrança

Foi de Rodinei o gol do último campeonato de menor escalão antes da geração Gabigol, na final do Carioca de 2017. Numa improvável arrancada e com desfecho ainda mais incomum, num chute cruzado de pé esquerdo, venceu o improvisado goleiro Orejula, do Fluminense – Diego Cavalieri havia sido expulso.

Rodinei, após o jogo, brincou que teve dor de barriga antes de bater o pênalti do tetra. Mas parece que foi só mais uma brincadeira do carismático lateral. Bateu bem, sem chances, e reescreveu seu nome na história de um clube que certamente deixará após o término da temporada.

Flamengos que se completam, mas que deixam lições

A vitória cheia de dramaticidade mostra que os “diferentes Flamengos” se completam. O insinuante estilo que domina adversários desde 2019 esteve no Maracanã em versão pocket, de 20 e poucos minutos.

A torcida, que já acordou o time em outras temporadas, precisou ser acordada.

O Flamengo dos astros precisou de seus operários para vencer.

Sorte dos rubro-negros que a geração de Gabigol, Arrascaeta, Bruno Henrique, Everton Ribeiro, Filipe Luís, dos Diegos e de Rodrigo Caio também dispõe de guerreiros como Rodinei.

De novos protagonistas como Pedro, grande figura do time em 2022, e Dorival Júnior, velho conhecido da torcida rubro-negra e que voltou para marcar seu nome na história.

A apertada vitória nos pênaltis deixa lições para a Libertadores. A união do Flamengo de classe ao Flamengo do perrengue deu samba, mas não é garantia de nada.

A vitória, com sustos, foi saboreada pelos adeptos de emoção, mas, sem dúvidas, o rubro-negro espera um futebol mais constante para a decisão com o Athletico-PR.

Ganhar sofrido é gostoso, mas sofrer pouco, obviamente, é melhor. Dorival e o departamento de futebol já começaram o planejamento para ter o Flamengo inteiro na final da Libertadores, no próximo dia 29.

Lições à parte, a geração atual do Flamengo segue somando feitos à sua vocação para a eternidade. Próxima parada: Guayaquil.

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