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A volta do Coringa


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Há algum tempo a torcida do Flamengo esperava o retorno do Coringa. Aconteceu.

Neste intervalo, teve site/perfil dizendo que esfriou. Enfim, o fato verdadeiro é que o Gerson nunca quis ir pra Europa. Ele estava feliz, jogando no clube do coração, amado pela torcida e respeitado pelos companheiros.

A discussão do momento é se o Gerson deveria procurar novos desafios (segundo a jornalista Ana Thais Matos) ao invés de retornar a uma zona de conforto que é o Flamengo. A primeira questão é: pro Gerson jogar no Flamengo, do ponto de vista esportivo, é confortável?

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Veja que ele saiu daqui em alta, após um bicampeonato brasileiro e uma Libertadores, além de Recopa e Supercopa. Então se espera que, no mínimo, ele volte para repetir isso. Não sei se isso pode ser considerado como confortável, afinal e se ele for mal, e se o time nao ganhar como se espera?

Então não é tão simples assim na minha visão.

A segunda questão: para o Gerson jogar no Flamengo, do ponto pessoal, é confortável? Apesar de não conhecê-lo pessoalmente, suas entrevistas e sua postura mostram que sim. Afinal ele encara o Flamengo como sua casa, pois é o seu clube de coração e ele possui enorme identificação, especialmente com a torcida.

A terceira questão: porque um jogador de 25 anos no seu auge físico está retornando ao Brasil depois de ir bem na Europa? E aqui deixo claro que, diferentemente de muitos, a minha opinião é que Gerson foi muito bem no Olympique enquanto lá esteve, então não é um refugo da Europa.

Retornando ao questionamento, acho que esse movimento, além do conforto pessoal, tem muito a ver com a possibilidade/probabilidade de jogar em alto nível, vencer campeonatos relevantes, marcar história no maior clube do mundo e, claro, tudo isso atrelado a uma questão financeira que possibilita um jogador desse porte retornar sem sofrer perdas.

Mais do autor: Rico Monteiro: Isonomia e pactos no futebol brasileiro: uma reflexão

Temos que enxergar que o mercado brasileiro vem mudando ao longo dos últimos 5 anos e, diferentemente do que acontecia há 15 anos atrás quando só retornavam jogadores em fim de carreira aos 35 anos, hoje é possível e viável trazer jogadores de 25, 26, 28 anos.

Mas não é para todos, é um movimento lento e gradual que o Flamengo deu início e outros clubes, de diferentes maneiras, estão fazendo, vide Yuri Alberto no Corinthians. Achar que o jogador só volta porque foi mal e uma falácia, daquelas que foram e são contadas diariamente nos programas e debates esportivos.

Os jogadores estão retornando porque ganham bem, disputam campeonatos interessantes com possibilidade de ganhar, ou vão me dizer que a Ligue 1 é mais interessante que o Brasileirão, ou que o Campeonato Russo é? Que o Olimpique vai bater o PSG? Esse é o discurso enlatado e estudado diariamente em todos, mas não significa que seja verdade.

Coringa, seja bem-vindo à sua Zona de Conforto!

Rico Monteiro é advogado e músico. Twitter: @ricomonteiro21

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