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a história está sendo feita diante dos seus olhos


Por diversas razões, é muito difícil perceber que você está vivendo um momento histórico enquanto o momento histórico acontece. Quando Newton levou com a maçã na cabeça certamente alguma criança comentou “toma essa, otário”, assim como durante a travessia de Júlio César no Rubicão uma esposa disse pro marido um “olha lá, amor, o maluco entrando de galera no rio”, e no primeiro show em que João Gilberto tocou “Desafinado” um cidadão comentou “fala pra dentro esse cara aí, né? vai dar em nada esse negócio”.

Isso porque saber que a história está sendo feita quase sempre envolve uma perspectiva que apenas o tempo oferece. Quem estava na Galiléia quando Jesus nasceu não imaginava que estava vivendo o ano 0 da cronologia ocidental, quem batia bola com Pelé em Bauru não sabia que estava tomando dribles do maior jogador de futebol de todos os tempos, dificilmente quem alugou um filme na locadora onde Quentin Tarantino trabalhava pensou que aquele rapaz esquisito que olhava demais pros pés dos clientes iria ganhar dois Oscars.

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Mais decisivo que Gabigol? Só dois dele
Foto: Gilvan de Souza/Flamengo

Por isso é tão importante que o rubro-negro que viu, neste domingo, o Flamengo vencer por 1×0 o Athletico Paranaense e conquistar a sua terceira taça da Libertadores da América, tenha plena consciência de que está testemunhando um momento histórico, com jogadores que serão lembrados por várias décadas, ganhando títulos sobre os quais nossos filhos, netos e bisnetos irão conversar.

Porque o Flamengo, que até 2019 tinha, em 124 anos de história, chegado em uma final de Libertadores, chegou, em 4 anos, em 3 finais, vencendo duas, um feito que nem mesmo a lendária geração de Zico, Andrade, Leandro, Adílio e Junior alcançou.

Porque Gabigol, em três finais de Libertadores, marcou quatro gols, deixando sua marca em todas as partidas e garantindo o título em duas, deixando claro o quanto de espaço merece no panteão dos grandes ídolos do clube.

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Mais do que um time, um tópico de aula de história
Foto: Gilvan de Souza/Flamengo

Porque jogadores como Arrascaeta, Éverton Ribeiro e Felipe Luís deixaram claro que estão entre os maiores craques que já vestiram o manto rubro-negro, assim como nomes como Pedro e João Gomes mostram porque são o futuro do futebol brasileiro e atletas como Rodinei e Marinho garantiram seu lugar naquele espaço mágico do folclore flamenguista em que você não precisa jogar tanta bola se tiver carisma e aparecer quando o time realmente precisar.

Na tarde deste sábado, a história foi feita. Com mais um gol decisivo de Gabigol, com mais uma atuação segura de Santos, com mais uma bela partida da zaga composta por David Luiz e um improvável Léo Pereira. João Gomes, Thiago Maia e Vida fecharam o meio de campo, Arrasca e Éverton armaram as jogadas, Gabigol, Pedro, Cebolinha e Victor Hugo buscaram o gol e nós, torcedores, tivemos a alegria de, mais uma vez, ver o Flamengo conquistar a América.

Porque o que parecia improvável, se tornou realidade. O que parecia incomum, virou rotina. O que parecia acima de nós, cada vez mais vira um sinal do quão imensos nós sempre fomos. O Flamengo mais uma vez fez seu o continente, mais uma vez vai ter a chance de conquistar o mundo, e espero que você saiba a sorte que tem de estar aqui, enquanto essa máquina em vermelho e preto está escrevendo, diante dos seus olhos, novos capítulos da história.

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