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A goleada do Flamengo é um retrato de época – Flamengo Com Vc, Mengo


Por Redação em 01/09/2022 às 08:59:36 É possível fazer uma série de ponderações para minimizar o que se viu em Buenos Aires. Não é errado argumentar que o Vélez não é o melhor time argentino da atualidade, tampouco que um de seus bons valores estava ausente por lesão ou que a equipe se desordenou por completo em tantos momentos do jogo. Mas a verdade é que o Vélez x Flamengo, que não era um jogo sem importância mas uma semifinal de Libertadores, foi um retrato de época, sob qualquer aspecto que se decida examinar a goleada rubro-negra.

Comemoração de Pedro em Vélez Sarsfield x Flamengo

REUTERS/Matias Baglietto

O jogo retrata fielmente uma etapa de um domínio técnico avassalador do futebol brasileiro, sustentado por um poderio econômico gritante. Salvo um destes eventos que fogem à compreensão, o Flamengo estará na final da Libertadores, o que decreta que veremos, em 2022, a terceira decisão seguida exclusivamente brasileira. É a segunda edição seguida em que o Brasil tem três representantes entre os quatro semifinalistas. Os clubes do país ocuparam 12 dos 20 lugares disponíveis em semifinais nas cinco últimas edições. Os mata-matas vão se convertendo quase numa Copa do Brasil.

Mas também é possível falar deste jogo como símbolo de uma época quando se examina especificamente o Flamengo. Porque dentro do mercado mais dominante do continente, o clube se estruturou, tornou-se o dono das maiores receitas e, por consequência, o responsável por uma reunião de talentos impensável há alguns poucos anos para qualquer clube da América do Sul. A goleada de Buenos Aires, se não garante um novo título, é daqueles jogos que demarcam a que ponto chegou a diferença. Se 2019 foi uma espécie de grito de libertação, de recondução do Flamengo a um lugar de destaque fora das fronteiras nacionais, o jogo contra o Vélez pareceu retratar algo de outro nível: criou no oponente uma sensação de impotência que cada gol e cada substituição pareciam reforçar. Como se não bastasse perder inapelavelmente, o time argentino via nomes como Vidal e Cebolinha surgirem à beira do campo. E mais: a cada associação entre Éverton Ribeiro, Arrascaeta, Gabigol e Pedro, este último dono de uma atuação de almanaque, os momentos de beleza que eram produzidos soavam como um anúncio para toda a América de que ali estava uma reunião de talentos contra a qual é difícil de competir. O nível de futebol do Flamengo foi altíssimo.

O Flamengo está virtualmente em sua terceira final de Libertadores em quatro anos, mas nada indica que já seja o campeão. Confirmada a viagem a Guayaquil, terá um jogo imprevisível contra Athletico-PR ou Palmeiras, este último um habitual competidor pelos principais títulos do Brasil e da América. Outro representante da nova elite do país e do continente e, mesmo assim, dono de um elenco bem menos farto do que o rubro-negro.

Quanto ao jogo que praticamente sentenciou a semifinal, o domínio foi técnico e tático. E aliás, todo este poderio não despertava, até alguns meses atrás, sensações minimamente próximas das que se experimenta hoje. O que é mérito de Dorival Júnior. O que chama atenção é que o rubro-negro nem precisou ser perfeito, brilhante o tempo todo para construiu um placar tão grande numa semifinal de Libertadores como visitante.

O fato é que, numa demonstração de respeito, o Vélez arriscou pouco no início, defendeu mais atrás e o Flamengo controlou através da posse. Não era uma avalanche de oportunidades, mas criara com dois desarmes no campo ofensivo e numa construção iniciada por David Luiz. Até encontrar o gol de forma um tanto improvável, num passe de Léo Pereira para Pedro.

A partir daí, os argentinos se arriscaram numa pressão ofensiva estabanada. Além de sair dela com facilidade, o Flamengo encontrava campo aberto, espaço. Produziu a linda trama do segundo gol, marcado por Éverton Ribeiro, da qual participaram os quatro integrantes do setor ofensivo. O lance, aliás, é um sinal do que Dorival Júnior conseguiu ao aproximar seus maiores talentos, que parecem desfrutar do jogo. Criam combinações, conservam a bola, evitam até que o time sofra para se defender, faceta do jogo em que este Flamengo ainda não é tão bem resolvido, tão eficiente. Graças a isso, o Vélez até chegou a assustar numa cobrança de falta na trave e teve outras ocasiões quando o destino do jogo já parecia resolvido.

O time argentino se entregou e, no segundo tempo, partiu para outro tipo de aposta: um jogo de menos pausa, com idas e vindas. O resultado foi ainda mais espaço e mais gols. Não havia muita saída. Pedro fez o terceiro numa jogada brilhantemente iniciada por Filipe Luís. No lance, recebeu o passe final de Gabigol, ótimo nas tarefas coletivas e outra vez impreciso demais ao finalizar. E o mesmo Pedro marcaria o quarto. Cena final de um jogo que será lembrado sempre que alguém quiser relatar uma era de domínio brasileiro na Libertadores, ou quiser falar de tempos em que o Flamengo promoveu uma reunião de talentos que a América julgava inacessível.

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Link do Artigo do FalandodeFlamengo

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