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Posse de Bola #183: Galo campeão e as influências de Cuca, Hulk e mecenato


O

Atlético-MG

encerrou uma espera de 50 anos para

conquistar o segundo título brasileiro

de sua história

ao vencer o Bahia por 3 a 2

na Arena Fonte Nova, em Salvador, em uma virada com intervalo de 4 minutos entre os três gols marcados, alçando Hulk à condição de ídolo com a participação decisiva dentro de campo e Cuca entre os maiores treinadores da história do clube, encerrando a fila no Brasileirão oito anos depois de levar o Galo à taça da

Libertadores

.

No podcast

Posse de Bola #183

, os jornalistas Arnaldo Ribeiro, Eduardo Tironi, Juca Kfouri e Mauro Cezar Pereira analisam a conquista do Atlético-MG, os destaques dentro e fora de campo, se Cuca é o maior técnico do

futebol

brasileiro atual, a influência do mecenato e até quando podem durar os aportes financeiros no Galo, além do que levou o campeão a superar Flamengo e Palmeiras na competição.

Arnaldo Ribeiro afirma que o título é incontestável, destacando a preparação para sair da fila e apontando o trabalho atual no clube como o maior de Cuca entre tantas passagens de sucesso por outros clubes e pelo próprio Atlético-MG.

“Em relação ao Cuca, em todos esses trabalhos, ele fez bons trabalhos em vários clubes, em várias passagens, alguns não com títulos. Teve trabalho no Goiás no início da carreira e foi muito bom, teve trabalho no Fluminense de salvar do rebaixamento e foi muito bom, o objetivo era outro, teve títulos de alguma forma e acho que ele é o técnico brasileiro melhor porque ele tem um repertório melhor, ele tem versatilidade, ele consegue aproveitar normalmente o que cada elenco tem e mais, o melhor que cada jogador tem”, diz Arnaldo.

“Eu acho esse trabalho o mais completo. É claro que teve talvez um dos melhores elencos à disposição, mas um dos mais completos, porque o time foi consistente o tempo todo e o time foi consciente de que talvez tivesse uma chance única de interromper a fila de 50 anos em um campeonato em que Palmeiras e Flamengo estiveram divididos, o técnico do Palmeiras não deu as atenções aos pontos corridos que normalmente poderia dar, assim como tinha feito na temporada passada, o Flamengo trocou de técnico, teve Data-Fifa e o Atlético-MG sobrou”, completa.

Juca Kfouri chama a atenção para a possibilidade de a campanha ficar muito próxima em número de pontos que a do Flamengo de 2019, ainda que sem o mesmo brilho do time comandado por Jorge Jesus, mas com um desfecho que compensou até a conquista distante do torcedor pela forma como ocorreu a virada.

“O título do Galo é incontestável, o Galo se ganhar os dois últimos jogos, pode terminar sua campanha a apenas 3 pontos da melhor campanha da história dos pontos corridos com 20 times, que foi a do Flamengo de 2019, com aquele time dos sonhos do Flamengo. Não acho que este time do Galo seja equiparável a aquele, não foi um time de desempenho à altura daquele, mas sim com resultados quase à altura daquele”, diz Juca.

“A hora é de o torcedor do Galo festejar. Festejou ontem, teve uma vitória épica, porque era um jogo sobre o qual havia a expectativa normal de uma eventual decisão de campeonato, em que até era favorito, mas pelas circunstâncias de uma virada de 2 a 0 para 3 a 2, em 5 minutos, acabou compensando a lonjura, o fato de a torcida do Galo não estar presente no seu jogo decisivo, como não esteve no primeiro, quando ganhou o título no Maracanã contra o Botafogo”, completa.

Mauro Cezar Pereira afirma que o título do Galo é legítimo, com a competência dentro de campo que Flamengo e Palmeiras não tiveram. Mas ele também cita a forma como foi construído o time atual, com aporte de mecenas, enquanto o clube tem dívida elevada, além de citar a quantidade de pênaltis marcados a favor do campeão.

“A zona de conforto é elogiar hoje o Atlético-MG e fugir da dividida. Eu prefiro ir para a dividida. Horas depois do título do Atlético-MG eu prefiro falar a real, aquilo que eu penso. Pontos corridos, dentro de campo, ganhou, não teve nenhum roubo, é legítimo e ponto final, não se discute. O resto é balela. O Atlético-MG ganhou dentro do campo e ponto final. O Palmeiras não foi desinteresse, foi incompetência e o Flamengo também, de diferentes formatos”, diz Mauro.

“Dentro de campo eu acho que o Atlético-MG não foi essa maravilha toda e isso demonstra um pouco da mediocridade que voltou ao nosso futebol depois do fantástico ano de 2019 do Flamengo e do Santos, com dois técnicos de fora. Acho o Cuca um técnico comum, não acho essa coisa toda. O Atlético-MG mostrou isso em vários jogos fora de casa, que foi muito mal, e não podemos ignorar os 11 pênaltis, uma quantidade industrial de pênaltis, ontem de novo mais um, encostou, é pênalti. Que tornaram as coisas mais fáceis”, conclui.


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