O
Flamengo
chega para a final da
Libertadores
diante do
Palmeiras
, em Montevidéu, com um time titular que tem apenas três mudanças em relação ao que foi campeão em 2019, em Lima, contando com o lateral Isla, o zagueiro David Luiz e o meio-campista Andreas nos lugares de Rafinha, Pablo Marí e Gerson. A questão é que outra grande mudança é o próprio Renato, que ocupa o cargo que no bicampeonato era do português Jorge Jesus.
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Posse de Bola #181
, Mauro Cezar Pereira afirma que é justamente o fato de o técnico do time rubro-negro ser Renato Gaúcho é que não há o favoritismo que poderia haver diante do Palmeiras pelas peças que integram o elenco, principalmente os titulares do Flamengo.
“É o time de 2019 com David Luiz no lugar do Pablo Marí, o Isla no lugar do Rafinha e o Andreas no lugar do Gerson, é isso. E o Renato como o grande problema do Flamengo, se o Flamengo tivesse um técnico bom, à altura do investimento, se a diretoria pegasse esse orçamento de quase R$ 1 bilhão e reservasse um x para contratar um técnico padrão internacional, padrão elenco que o Flamengo tem, o Flamengo seria favoritaço para esse jogo”, afirma o jornalista.
“Padrão Gallardo, se o Flamengo tivesse um técnico desse naipe, o Flamengo seria o favorita para esse jogo. Lógico que o Palmeiras teria chance, mas haveria uma óbvia diferença, porque o Flamengo estaria jogando muito mais se tivesse um grande treinador e não tem”, completa.
Mauro Cezar também destaca que essa cobrança do torcedor em relação ao técnico expõe as diferenças entre os dois clubes nos últimos anos, com o rubro-negro mais preocupado com o desempenho, enquanto os palmeirenses têm um time mais pragmático e no geral não há insatisfação se os resultados forem atingidos.
“Essa questão do Renato eu acho que é bem importante e mostra também a maneira como cada torcida e cada clube encara a situação. O Palmeiras nos últimos anos, foi assim com Felipão, foi assim com o Cuca, foi assim até com o Mano Menezes, quando fracassou, o Palmeiras é mais pragmático, o Flamengo quer ganhar e ele quer mais e a torcida também tem tido esse comportamento muitas vezes, de questionar e querer mais”, diz o colunista do
UOL
.
“Não fosse a Libertadores, Renato talvez não seria mais o técnico”
O episódio no qual Renato Gaúcho recebeu diversas críticas dos torcedores nos últimos dias após o empate de terça-feira com o
Grêmio
não deve pesar no jogo com o Palmeiras, para Mauro Cezar. O jornalista diz que o caso pegou mal para o técnico e que ele provavelmente estaria fora do cargo, não fosse a final da Libertadores, mas descarta a hipótese de entrega do jogo, citando que ele já cometeu o mesmo erro outras vezes e que a busca pelo título vai passar mais pela postura dos jogadores em campo.
“Esse episódio todo do Renato, eu diria o seguinte, se não fosse um período de final de Libertadores, talvez ele não fosse mais técnico do Flamengo, porque pegou muito mal. Eu também acho, não estou a dizer que ele quis entregar o jogo, pelo contrário, ele fez essas bobagens várias vezes, essa coisa de recuar o time ele fez várias vezes”, diz Mauro Cezar.
“A chance do Flamengo passa pelos jogadores, os jogadores assumirem o jogo. Assumirem o jogo não é não seguir o que o técnico fala, mas serem protagonistas de verdade e eles viram tudo o que aconteceu lá na Arena do Grêmio, viram in loco, estavam no estádio, e são caras experientes, não acho que aquele jogo vá colar no time titular, mas para o Renato ficou muito chato, especialmente pelo comportamento dele, o que permitiu essas ilações todas, que eu acho que não fazem sentido de que ele quis entregar”, conclui.
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