Em jogo com quase todos os titulares na preparação para a final da
Libertadores
, o
Flamengo
venceu, no sábado (20) o
Internacional
por
2 a 1 no Beira-Rio
, em Porto Alegre, com um início dominante, mas também apresentando problemas defensivos, que são destacados por Mauro Cezar Pereira na análise do trabalho do técnico Renato Gaúcho, como a dificuldade em controlar o jogo estando em vantagem no placar.
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Posse de Bola #180
, Mauro Cezar afirma que a partir do segundo gol o Flamengo voltou a demonstrar problemas defensivos e partir para um jogo corrido que mais interessava ao Internacional, o que pode ser motivo de preocupação visando a disputa do título continental no próximo sábado (27) contra o Palmeiras, em Montevidéu.
“Passam alguns minutos (do segundo gol) e o que acontece? O de sempre, o Flamengo do Renato não é preparado, não é treinado para sair jogando, então piorou a saída de bola, não consegue controlar o jogo. O que é controlar o jogo? Não é ficar na retranca, tenha a bola, desacelera o jogo, não entra no corre-corre do adversário, no caso o Internacional perdendo por 2 a 0, é claro que iria se lançar ao ataque, e aproveite o espaço que o seu adversário está concedendo”, diz Mauro.
“O Flamengo fica na trocação, parece que são dois times treinados pelo Levir Culpi, lembrado Galo Doido e do Santos também do Levir? É aquilo, é o time que o André Rocha define muito bem, é briga de rua, briga de rua não tem técnica, não é uma luta de boxe, você não observa o adversário, você não espera o cara baixar um pouco a guarda para encaixar um golpe. O jogo vira um entretenimento interessante sim porque tem lances de gol. Agora, como pode o Flamengo fazer 2 a 0 e tomar aquele gol de contra-ataque?”, questiona.
O jornalista chama a atenção para o número de finalizações do Internacional ainda no primeiro tempo e destaca que o técnico Abel Ferreira, do Palmeiras, tem motivos para se preocupar em relação ao time do Flamengo, como mais um bom início de jogo, fazendo gols, como já havia ocorrido contra o São Paulo. Porém, pode contar com o espaço que gosta para contra-atacar.
“Como é que um time concede, vencendo por 2 a 0, 15 arremates ao adversário? E alguns claríssimos, o David Luiz tirou a bola em cima da linha no primeiro tempo, no final do jogo o Arão também tirou uma bola maluca que poderia parar dentro do gol. É um Flamengo muito desequilibrado e o Inter também, porque tomou os dois gols, ficou em uma loucura e poderia ter tomado uma goleada, não fossem os gols perdidos bizarramente pelos jogadores do Flamengo, o Michael muito mal,
Gabigol
perdeu chance clara e aí o jogo ficou naquilo ali”, diz Mauro.
“Esse jogo trouxe, por exemplo, para o Abel Ferreira, que momentos antes havia sido derrotado pela terceira vez seguida, notícias boas e ruins. As ruins, claro, aquele começo do Flamengo, como aconteceu contra o São Paulo e aconteceu de novo, é um time que tem condições de meter um ou dois gols no time dele. E o outro, é um time também que tem condições de oferecer tudo o que ele sempre desejou na vida, que é enfrentar um adversário que é vulnerável a jogadas de velocidade, muito espaço, uma desorganização total na defesa, tem um escanteio e sobe todo mundo, aí se abre a ponto de sair aquela jogada do gol do Taison. O time do Flamengo é isso, é um time maluco, porque não é bem treinado, é simples assim”, conclui.
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