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Marcelinho projeta NBB e aponta Flamengo atrás de Franca entre os favoritos – Flamengo Com Vc, Mengo


Por Redação em 14/10/2022 às 14:41:15 Ex-jogador e comentarista fala das expectativas para a nova edição e a importância do NBB, que completa 15 anos Minas e Flamengo dão início a mais uma temporada do NBB (Novo Basquete Brasil) no próximo sábado, 15 de outubro, às 18h30, quando a competição chega aos 15 anos e 14 edições completas – a temporada 2019/20 não teve um vencedor por conta da pandemia. Para esquentar o clima antes de a bola laranja subir, o ge conversou com Marcelinho Machado, um dos maiores nomes da história da competição. Ele relembrou a criação do NBB, a expectativa para o novo ano e não ficou em cima do muro sobre os times que vêm fortes para a disputa do título.

– O Flamengo sempre é um dos favoritos. Pelo investimento, pelo nível dos jogadores e comissão técnica que tem. Mas pode enfrentar uma dificuldade que é mudar muito os jogadores de uma temporada para outra. Foi assim do ano anterior para a temporada passada, quando praticamente ficou com 3, 4 jogadores, e esse ano é a mesma coisa – disse Marcelinho, que hoje é comentarista de basquete do Grupo Globo.

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Marcelinho fala da expectativa para a nova temporada do NBB

Reprodução

– O Franca para mim é o principal favorito, porque é o atual campeão e acho que todo o atual campeão tem que ser respeitado dessa forma. Ainda mais quando você tem um Franca que manteve ali praticamente o time completo. Colocaria o Minas, que tem um americano formidável que é o Shaquille Johnson. É um cara que pode desequilibrar qualquer partida. O São Paulo também. A gente vai ter que entender a volta da operação do Marquinhos. Acho que a saída do (Bruno) Caboclo pode pesar contra o São Paulo. O Tyrone talvez tenha que assumir mais o jogo, até o próprio Bennet. Para mim, esses quatro seriam os favoritos. E talvez nessa ordem Franca, Flamengo, Minas e São Paulo – analisou.

Ele ainda destacou o Paulistano, “time perigoso pelos jovens”, o Bauru, “pela experiência que tem com o Alex e o Larry Taylor”, e o Unifacisa, “com o Gaskett sendo talvez o principal jogador”.

Grande nome da competição

Nesses 15 anos de NBB, Marcelinho conquistou cinco títulos (2008/09, 2012/13, 2013/14, 2014/15 e 2016/17), além de um Campeonato Brasileiro de Basquete (CBB) – competição anterior. São seis conquistas nacionais, que o credenciam como um dos maiores nomes do basquete brasileiro.

Marcelinho Machado em ação pelo Flamengo

Buda Mendes/Getty Images

Marcelinho também é o maior pontuador em um único jogo de NBB. Foram 63 pontos contra o São José, em 7 de março de 2010, na Arena da Barra. Nesse jogo ele também estabeleceu os recordes em arremesso de 3 pontos em uma única partida (16 acertos em 21 tentativas) e um índice de 60 em eficiência (que retrata a real contribuição do atleta na partida).

– Quando você tem uma marca dessa individual, é lógico que é natural enaltecer a pessoa que fez a marca, mas isso tudo era um trabalho em conjunto. Sempre divido com aqueles que compartilharam as quadras comigo.

Sempre com a camisa do Flamengo, conquistou também a Liga das Américas e o Mundial FIBA – ambos em 2014 -, além do decacampeonato carioca.

Recordes de Marcelinho Machado

Infografia

Com números incomuns, Marcelinho também foi eleito MVP – jogador mais valioso da competição – em duas ocasiões: 2008/09 e 2009/10. Mais do que ele, só Marquinhos, que foi o jogador mais vezes escolhido como MVP do NBB. O ala conquistou o prêmio dado ao melhor jogador em três temporadas (2012/13, 2015/16 e 2017/18).

Bauru Basket x São Paulo, NBB 2021/22, Marquinhos, Alex Garcia

Victor Lira/Bauru Basket

Importância da criação do NBB

Aposentado desde 2018, o ex-jogador do Flamengo ainda é o sexto maior pontuador da história do NBB, com 5.709 pontos, e o segundo nas bolas do perímetro, com 975 arremessos de três pontos convertidos. Isso em 10 temporadas disputadas.

– Eu sou cria do NBB. Acredito que ajudou a fortalecer o basquete nacional. O NBB veio, principalmente, para dar mais credibilidade ao campeonato interno e dar uma estrutura de transição entre a base e o profissional. O LDB (Liga de Desenvolvimento de Basquete – principal competição de base do país) é uma liga que vem crescendo e vem formando muitos atletas, e é um momento muito importante na carreira do jogador. Você tem essa tranquilidade, que você vai ter uma vitrine para se mostrar – disse Marcelinho, que ainda complementou:

– Nem todo jogador que vai chegar em alto nível, ele está pronto aos 20 anos. Tem jogador que depende, que precisa um pouco mais, que desenvolveu mais tarde fisicamente. Então acho que o NBB ajuda muito nisso. Dá mais chance para que esses jogadores tenham espaço.

Confira outros trechos da entrevista.

Garotada no NBB

– Quando a gente fala de garotos, eu tenho muito cuidado, porque a gente analisa o momento. Não é o potencial que ele tem para crescer. Hoje se analisa muito isso, a capacidade atlética, altura, envergadura. Isso pesa muito no jogo de basquete. Nós temos muitos talentos. Falando de Franca, nós temos o Reynan, o Eduardo Klafke, o Márcio. Temos o Adyel no Paulistano, que é um armador e que tem tudo para brilhar. O Dikembe, Brunão, Buffat no Pinheiros. Nós temos Mãozinha no Corinthians, o Rachel no Flamengo. É muita gente boa que pode brilhar, muita garotada. O basquete brasileiro está bem servido nesse sentido: jogadores experientes mesclando com uma juventude que vem com fome aí.

Seleção

– Fizemos uma Copa América bastante interessante no sentido da adaptação. Quando conversei com o Gustavinho (treinador da seleção), ele falou abertamente que o trabalho é a longo prazo. O jogador às vezes demora um pouco a entender o que ele quer e gostei da Copa América por isso. Acho que teve uma boa identidade. Alguns jogadores se destacaram como Yago, Marcelinho Huertas, Léo Meindl, Felicio e entre outros… o próprio Benite nessa reta final.

Marcelinho Machado em ação pela seleção brasileira de basquete

CBB/Divulgação

– Sobre o futuro, vai depender desses quatro jogos [A seleção ainda não está classificada para a Copa do Mundo. Ainda faltam duas janelas com quatros jogos – dois contra os Estados Unidos e um contra México e Porto Rico]. É muito pontual, não dá para gente traçar um plano para daqui alguns anos. É uma janela agora em novembro e a outra em fevereiro, que vai definir. Se a gente não estiver classificado para o Mundial, a gente está fora das Olimpíadas. Então, é importante a gente ter um foco e acho que a gente está preparado para esses jogos. Não tem muito de onde inventar agora. A gente tem que seguir essa linha que foi feita na Copa América. É um desafio duro, sim, até porque os Estados Unidos devem vir com um time especial por conta de não estar classificado, mas eu estou confiante.

NBA

– Se a gente pegar a ideia da NBA de 30 anos atrás, você não tinha espaço nenhum para estrangeiros na NBA. E hoje a competição é mundial, o espaço está aberto para qualquer jogador de qualquer parte do mundo brigar por essa posição. É lógico, nós já tivemos 9 atletas na NBA em uma temporada, mas hoje nós temos um. Aí você vai falar assim: “Mas será que é uma falha?” Eu sou muito crítico, vejo a nossa base e sempre acho que dá para melhorar.

– A gente tem que ter um pouco mais de dedicação aos anos iniciais. Eu falo de dedicação, não é que está faltando entrega dos treinadores, dos clubes em termos de carga horária, mas é um cuidado de como se formar o atleta. É importante você ser campeão de 12, 13 anos em uma categoria ou é importante você formar um jogador para daqui a 6, 7 anos ele estar na sua equipe profissional? Você não ter que recorrer a equipes que formam. Porque nós temos essas equipes no Brasil também. Então assim, eu acho que se nós tivéssemos mais clubes preocupados dessa forma, eu acho que nós teríamos uma seleção melhor desses atletas e consequentemente atletas da seleção principal, da seleção sub-23 mais capacitados e com mais possibilidade de NBA.

*Estagiários sob supervisão de Lydia Gismondi

Fonte:

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Link do Artigo do FalandodeFlamengo

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