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Medina caiu tarde: planejamento e futebol tabelam tão bem quanto celibato e suruba!


“Planejamento” e ”

futebol

” formam uma tabelinha tão verossímil quanto “celibato” e “suruba”, “censura” e “democracia”, “reforma trabalhista” e “geração de emprego” e outras parcerias que só existem nesses tempos de massificação de “notícias falsas”, colonizadamente tratadas por “fake news” por uma gente brega que acha chique tratar “queima de estoque pela metade do preço” por “50% off” e o fato de um time não tomar gol por “clean Sheet”.

O ex (e eterno sonho de futuro) Jorge Jesus e o palmeirense Abel Ferreira, os dois casos de maior sucesso recente no futebol brasileiro, são ambos frutos do total e mais absoluto acaso. A então “só” presidente da patrocinadora Leila Pereira mandou até jatinho para buscar Miguel Ángel Ramírez (quem?) no interior do Equador e, como levou não, ficou à deriva até apostar em Abel Ferreira que, até então, tinha como grande credencial eliminar, pelo PAOK, o Benfica de Jesus….

Jesus, o Jorge, não o Cristo, que só chegou ao Flamengo porque outro Abel, o Braga, caiu por não concordar com a obrigação de escalar titulares no Brasileirão e pediu o boné. Jesus, que estava por aqui e chegou a negociar com o

Vasco

, sem sucesso, estava a mão e, assim, foi a escolha. Escolha essa que teve tanto de ciência quanto a bizarra opção posterior a Domènec Torrent…

Poderíamos voltar ao tempo que Dondon jogava no Andaraí que veremos que, do Oiapoque ao Chuí, os grandes casos de sucessos dos times mais e menos populares foram furtos de tentativa e erro, acaso, com absolutamente nenhuma ciência. Não se trata aqui, óbvio ululante, de glorificar a absoluta falta de visão da cartolagem, mas de brindar a vida como ela é e não maquiá-la como a gente gostaria que fosse para, espancando os fatos, dar um verniz profissional a uma indústria gerida de forma 100% amadora, ainda que gere prejuízos e lucros bilionários.

Voltemos ao planejamento. Muito pior do que não ter planejamento é ser escravo de um planejamento burro, que é mantido para passar uma falsa impressão de coerência e profissionalismo para gerar aplausos esporádicos e momentâneos de críticos pós-moderninhos…

Vamos ao fatos. Aliás, vamos só a alguns porque se fossemos retratar todos, não teria espaço nem na infinita internet para tratar de todas as bobagens cometidas em nome de um pseudo planejmanto:


Corinthians


Era mais do que óbvio que Sylvinho Curso UEfa não tinha a menor condição de seguir no comando do Corinthians. Além do noviciado e de absurdos como a escalação de um time ser 5 e com Renato Augusto de Falso 9, é muito claro que treinador não consegue se manter em time de massa quando não consegue se comunicar com ela e, pois, transforma o ambiente, que costuma ser o grande trunfo desse time, num inferno que mais prejudica do que atrapalha. O diagnóstico estava claro já durante 2021 e não precisaria jogar 8 meses e 43 jogos no lixo para mudar. Mas a diretoria do Corinthians, para manter uma postura de fiel ao planejamento e receber elogios de uma parcela da crítica completamente deslocada da realidade, manteve Sylvinho, jogou toda a pré-temporada e três meses no lixo até ser obrigada a fazer o óbvio e despedir Sylvinho. Sempre foi óbvio que esse era o final da história.


Grêmio


Mancini, aquele mesmo que lidera o movimento dos técnicos pela estabilidade e que abandona todo emprego quando chega a primeira proposta, fracassou no objetivo de salvar o Grêmio da degola. E teve chance de evitar. Era óbvio que não tinha como ser o técnico do Grêmio na temporada 2022. Mas, os “planejadores” gremistas, sempre sob o aplauso dos tarados pela continuidade, o mantiveram… Até a, bingo, óbvia demissão. Já com Roger Machado, que chegou com o carro andando, o Tricolor Gaúcho faturou o estadual… É evidente que Roger já deveria ter começado o ano, mas algum gênio achou bonitinho começar a temporada com o mesmo técnico do fracasso da temporada anterior e blá-blá-blá.


Inter


Lembra do espanhol Miguel Angel Ramírez, que, em seu currículo, só dirigiu o pequeno Del Valle, que aqui, no Brasil, era tratado como se fosse a reencarnação do Rinus Michel? Pois bem, ele mesmo, acertou com o Inter com meio ano de antecipação. Nesse ínterim, Abel Braga chegou e, com um time 818 vezes inferior ao Flamengo e até ao São Paulo, que era o líder, levou o time ao vice-campeonato do Brasileirão, perdendo o caneco na última rodada com as digitais do VAR. O Flamengo, favoritíssimo e muito mais talentoso e rico, foi o campeão sob o comando de Rogério Ceni, outro que assumiu o barco no meio do oceano após a bizarra experiência Domé. Pois bem, o Inter, após a fantástica campanha de Abel, fez valer o estúpido “planejamento”, dispensou Abel e recebeu Miguel Ángel Ramírez. Era óbvio que, àquela altura, a troca que poderia fazer algum sentido meses anteriores se mostrava absurda quando foi concretizada. Mas os gênios planejadores acharam o máximo… Deu no que deu, em água.

Continuemos no Inter. Cacique Medina se mostrou um erro absurdo já no início do Gauchão. Mas o Inter, para mostrar que tem “planejamento”, manteve o uruguaio até ser surrado em casa pelo

Grêmio

(rival que hoje está na Série B!), passar vergonha no Estadual, começar de forma ridícula a Sul-Americana e perder na estreia no Brasileiro… E o Colorado de Medina conseguiu ser eliminado na primeira fase da Copa do Brasil para o Globo! Para o Globo! Repito: para o Globo!

Agora, como já era óbvio no primeiro turno do Gaúcho, foi obrigada a mandar embora Medina. A perda de tempo em nome do “planejamento” pode custar caro… Tivesse corrigido a rota ainda no Gaúcho, o Inter poderia já ter encontrado o seu caminho. E, na pior das hipóteses, caso tivesse errado de novo, seria obrigado a mexer de novo agora e, pois, estaria no mesmíssimo estágio que se encontra pela burra e teimosa insistência com Cacique Medina, tratado por “Indiozinho” pela

indignada massa colorada…


Santos, Athletico-PR e Ceará

Fábio Carille, que salvou o Peixe da degola no último Brasileiro após herdar de Fernando Diniz o time na zona doo rebaixamento, caiu neste ano porque seu estilo de jogo não combina com o “DNA ofensivo” santista… Ora, nunca combinou e era claro que isso aconteceria, então poderia ter rolado antes… O mesmo Carille que assumiu agora o Athletico-PR no lugar de Alberto Valentim…

Alguém tem alguma dúvida que o Athletico de Carille será melhor que o de Alberto Valentim? Que o Ceará de Dorival Júnior será, como já está sendo mesmo sem tempo nenhum, melhor que o do fraco Tiago Nunes? Funciona sempre assim: quando o técnico é bom, a melhor coisa é mantê-lo pelo maior tempo. Sempre é ruim trocar um técnico por alguém pior, sempre é bom quando quem chega é melhor do que quem sai…

Futebol, ao contrário do que imagina alguns exus-planejadores, não é física quântica. Às vezes, muitas vezes, é mais simples do que parece. E há uma certeza: não há como dar certo quando um fator, fundamental, não é levado em consideração: a torcida. Sem o apoio da massa, não há time de massa que vença. Parece óbvio. E é. Viva a memória!

Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar! E zelar, claro, vem de ZL! É nóis no

UOL

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