A
seleção brasileira
voltou a vencer nas
Eliminatórias Sul-Americanas
,
aplicando uma goleada por 4 a 1 diante do Uruguai
, que deixou o time de Tite praticamente garantido na Copa do Mundo de 2022, além de empolgar pela forma como atuou, com
Neymar
em noite inspirada e Raphinha se firmando como um dos principais nomes da equipe na estreia como titular.
No podcast
Posse de Bola #169
, os jornalistas Arnaldo Ribeiro, Eduardo Tironi, Juca Kfouri e Mauro Cezar Pereira analisam a vitória da seleção brasileira e a melhora do time de Tite, considerando que finalmente houve uma apresentação digna de elogios depois de uma série de partidas das Eliminatórias nas quais os resultados foram bons, mas o
futebol
não agradou na mesma proporção.
Juca Kfouri afirma que já estava esperando por mais um jogo sem empolgação e se enganou com a forma como se portou a seleção brasileira, destacando que o placar poderia ter sido até mais elástico, não fossem as defesas do goleiro Muslera.
“Eu que temia que a seleção mais uma fez fosse fazer concorrência a remédios para dormir, sou obrigado a concordar que quem criticar a atuação da seleção brasileira, o que não significa que ela vai ser campeão do mundo, que esteja pronta e tudo mais, mas quem criticar a atuação da seleção brasileira ontem, vai precisar tomar remédio, mas é para o fígado, porque realmente não estará bem de humor”, diz Juca.
“Muito mais que o 4 a 1, que poderia ter sido 8 a 1, não fosse uma atuação exuberante do Muslera, o que agradou muito é que a seleção não tirou o pé em nenhum momento, a seleção fez questão de dar espetáculo. Acho que isto tem muito a ver com a presença do Raphinha. Enfim, um jogador que entrou em campo para jogar bola, para partir pra cima dos seus adversários, para tentar driblá-los e conseguiu”, completa.
Mauro Cezar Pereira também ressalta que o jogo foi digno de elogios, da mesma forma como lembra que atuações anteriores da seleção brasileira foram criticadas de forma justa, embora tenha quem defenda o treinador incondicionalmente.
“É evidente que foi um jogo que merece elogios. O que me chama a atenção é a tropa ‘titista’, que até com a bola rolando já põe as garras para fora e começa assim ‘quero ver quem vai reclamar hoje’. Claro que ninguém vai reclamar da atuação se a atuação é boa. É muita vontade de defender o técnico e muita gratidão quando é um jornalista corintiano que, por gratidão ao Tite, o defende incondicionalmente. Gente, os títulos que o
Corinthians
ganhou com o Tite não vão embora, eles vão ficar lá, você pode criticar o Tite se for ruim e elogiá-lo se for bom”, diz Mauro.
“Vamos lembrar, o Brasil fez jogos recentes em que fazia 1 a 0 e voltava para marcar no próprio campo, contra Equador na Copa América. E não, ontem o Brasil fez 1 a 0, continuou atacando, continuou buscando o gol, com 18 minutos estava 2 a 0, não tinha sofrido nenhuma finalização”, completa.
Arnaldo Ribeiro aponta que houve uma mudança nesta rodada de data Fifa em relação à anterior no time comandado por Tite e destaca a troca da base Flamengo por uma base Premier League, que funcionou.
“Ele começou a data Fifa com uma ideia, solidificar a base Flamengo no time dele, que vinha dando resultado. Qual que é a base Flamengo? Era Gerson, Everton Ribeiro,
Gabigol
e Paquetá ao lado do Neymar. Ele insistiu isso em vários jogos e começou assim a data Fifa. A base Flamengo deu algum sinal lá atrás, mas nessa rodada de Eliminatórias não aflorou e a base que venceu o Uruguai, com um time mais solto, um time que deu vontade de assistir, é a base Premier League”, diz o jornalista.
Ele ressalta que Raphinha e Antony praticamente garantiram lugar na Copa do Mundo do Qatar com o que conseguira apresentar com a camisa da seleção brasileira nos jogos desta série.
“Esses dois caras estão na Copa já, um provavelmente titular, o Raphinha, e o outro reserva, o Antony. É engraçado porque eles não estavam, digamos, e foram sendo chamados, eles não estavam na lista dos 30 principais jogadores da seleção brasileira e hoje estão não só entre os 23, mas devem estar entre os 18 e ganharam pontos, isso só foi possível com essa série insana de jogos de seleção que para o Tite serviu sim para encontrar uma luz”, conclui.
Além da seleção brasileira, o programa também aborda a saída de Hernán Crespo e a reestreia de Rogério Ceni como técnico do São Paulo, em mais um empate, desta vez diante do Ceará, a expectativa para o clássico diante do Corinthians, que venceu o Fluminense, o que esperar do Palmeiras de Abel Ferreira após destaque maior pelas declarações dele do que pelo futebol jogado, além da disputa do título brasileiro entre
Atlético-MG
e Flamengo.
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