Um grupo de conselheiras do Flamengo vai apresentar nos próximos dias um pedido formal aos presidentes dos conselhos do clube de maior participação feminina no Conselho Deliberativo. O objetivo do grupo, batizado por elas de “bancada feminina” da Gávea é que na próxima leva de associações de sócios proprietários sejam separados 50% das vagas para mulheres.

Mulheres são apenas 3,6% dos conselhos deliberativos dos clubes da série A

1 de 2 Parte do grupo de conselheiras do Flamengo — Foto: Arquivo Pessoal

Parte do grupo de conselheiras do Flamengo — Foto: Arquivo Pessoal

O pedido formal será acompanhado de um manifesto e um plano de metas visando uma maior igualdade de gênero. O principal pedido será que dentre a receita estimada com novas associações, prevista em orçamento em R$ 6 milhões, metade das vagas sejam prioritárias para sócias. A prioridade deverá ser atendida dentro de um prazo estipulado. E, somente se não houver o número suficiente de mulheres para ocupar metade das associações, as vagas poderão ser ocupadas por homens.

As estratégias do movimento estão sendo traçadas por oito conselheiras, além de atletas laureadas e outras sócias. Entre as lideranças, algumas já participam ativamente da vida política do clube, como Marion Kaplan, Cláudia Cotta, Juliane Musacchio e Nicole Mitchell.

Atualmente, o Flamengo tem 2500 conselheiros, dentro os quais, somente 111 mulheres.

Levantamento inédito, feito pelo ge.globo há três anos, mostrou que apenas 3,6% dos conselhos deliberativos dos principais clubes de futebol do país (os da Série A, na ocasião) eram ocupados por mulheres.

O Flamengo ocupava, à época, a quinta posição, com 109 mulheres (4,09%), num universo de 2560 conselheiros. O Internacional era o clube com maior participação feminina na vida política, com 31 mulheres (8,96%), dentre 346 membros.

2 de 2 Novo Banner Flamengo — Foto: Divulgação

Novo Banner Flamengo — Foto: Divulgação

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